A camuflagem se tornou quase que um sinônimo de guerra.
Fala-se em “Guerra”, lembra-se na hora, de algo camuflado...
Pelas estratégias militares, a camuflagem, é uma forma de surpreender o inimigo.
Usar uma farda de cor “chamativa” é transformar-se em alvo fácil.
Fácil de ser localizado, fácil de ser atingindo...
Segundo historiadores, existe no filme “300” muitos “equívocos”
(por exemplo: Xerxes, rei persa, aparece cheio de piercings e sem pelos no corpo;
figuras monstruosas; espartanos com o tórax sempre à mostra, etc.)
Algo compreensível, porque o filme foi inspirado nos quadrinhos de Frank Miller
E não em fatos históricos.
Porém, o que eu gostaria de ressaltar a Capa Vermelha, que foi um acerto,
Pois, realmente, fazia parte do “kit” de batalha espartano.
O vermelho é uma cor “berrante”, que se destaca e nunca passa despercebida.
Tinha que ser muito valente pra estar em uma guerra vestido de vermelho.
Não existiria um plano B ou o fator surpresa, não haveria nem como se esconder.
Vestir-se de vermelho é assumir as responsabilidades;
É estar disposto para pagar o preço da vitória;
O Valente não escolhe o inimigo, ele está pronto pra enfrentar
Quem vier pela frente (seja quem for...).
E o fator surpresa é ele próprio, que muitas vezes,
a julgar pela aparência, é desprezado ou subestimado.
Mas, os resultados sempre acabam por mostrar o seu valor.
“Os escudos dos seus heróis são vermelhos,
os homens valentes vestem escarlata” ( Naum 2.3)
Quando surge alguém que “faz acontecer”
Aqueles que nada fazem ficam expostos
e acabam se enchendo de ódio,
(não da situação, mas ódio daqueles que resolveram fazer a diferença).
Até então, eles se ”camuflavam” em meio à multidão
E em nada levantavam suspeitas, tudo parecia normal.
Mas sempre chega o dia em que o oculto é revelado,
Quando a máscara cai e as aparências não enganam mais.
O valente marca presença, não se esconde e faz a diferença;
Outros, se "camuflam" atrás de um rótulo, uniforme ou púlpito.
Pr.Rubens Ennes