segunda-feira, 28 de maio de 2012

Minha história - Parte Final


Um dia...
Minha mãe assistiu um convite pra uma Concentração de Fé da Igreja Universal.
Eu fui. Achei que seria mais uma porta que íamos bater sem resultado.
E não foi mais uma porta...
Foi a última porta.
Pela primeira vez eu pude ver a materialização da fé.
Milagres, pessoas sendo curadas, vidas sendo transformadas.

Vi uma oportunidade de ter uma nova vida.
Me batizei nas Águas.
Quem era Deus? E o Espírito Santo?
Jesus eu conhecia... Aquele da história da cruz que a minha vó contava.
Comecei a buscar Deus.

 Em uma oração, eu disse:
“- Olha Deus, eu não sei por que estou aqui. O Senhor podia me levar logo! Qual é a finalidade de existir nessa Terra? Me disseram que o Senhor tem a felicidade. Eu nunca conheci a felicidade...  Se o Senhor é o Dono de tudo, eu te peço pra me fazer feliz pela primeira vez na minha vida. Eu prometo que se eu conhecer a felicidade, nunca mais vou te abandonar.”

Aaaaah que dia!
Minha oração não foi nem um pouco bonita, mas tinha tanta sinceridade, tanta sede de ser feliz...
Pela primeira vez senti conforto, alívio... Depois de tanto tempo, me senti leve.

Passei por uma nova transformação...
Mas foi tão natural! Fui mudando e amadurecendo. Isso não foi um fardo pra mim.
As práticas antigas foram perdendo o sentido e aos poucos fui me desligando de tudo aquilo.
Aos poucos vi que as minhas idéias não combinavam mais com as idéias dos meus “amigos”, as paquerinhas não tinham mais graça, abandonei o grupinho fútil que eu um dia sonhei participar, fui perdendo os maus hábitos...
Parei de julgar os outros como eu fazia antes.
Antes eu tentava não praticar aquelas dietas malucas, mas quando comia tinha a sensação de culpa...
Fui me libertar completamente da anorexia aos 15 anos.

 A Camila queria morrer... E ela morreu pra esse mundo.
Nasceu de Deus uma Camila novinha em folha.

Sou uma Nova Criatura .
Tenho uma vida completa. Isso é fruto da minha aliança com Deus.

O que antes era uma história de perdas e derrotas, hoje é uma história de vitórias que continua sendo escrita pelo Autor da minha vida.

Que Deus abençoe à todos.

Camila Vilela
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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Minha história - Parte 3


Na época a mídia não falava a respeito de anorexia e bulimia...
No começo eu não sabia que estava doente.
Achava que só estava me sacrificando pra ser "mais bonita".
Eu achava que ser bonita e magra seria a solução de todos os meus problemas.
Eu queria curar o meu interior através do exterior.
(Esse é o problema de muitos...
Achar que talvez quando tiver mais dinheiro será mais feliz, quando for mais bonito ou quando for mais conhecido... Maldita ilusão...)

Quando descobri a anorexia, passei a me fortalecer nela!
Descobri que outras jovens também passavam por isso.
As meninas que têm anorexia se apoiam, e então eu comecei a achar que estava realmente fazendo a coisa certa.
Dietas malucas, comidas estranhas... Água muita água...

Emagrecer era uma necessidade constante.
E se eu desmaiar de fome? É porque eu fui forte suficiente para aguentar várias horas em jejum!
É o preço da beleza!
Anorexia, para os íntimos Anna.
Passei a adorar a doença.
Passei a tomar “coisas” pra emagrecer.

Vinagre antes de dormir para “cortar a gordura”.
Aquele gosto horrível, ácido que eu sentia me corroer.
Eu chorava de dores de estômago.

Magra, porém infeliz.
Eu não percebia que tinha emagrecido.
Eu sempre achava que precisava emagrecer ainda mais.
Nada arrancava a tristeza do meu coração.

Eu continuava na mesma rotina.
Meus pais se separaram.
Meu pai chorava quando olhava pra mim e não me reconhecia.
Depressão, tristeza, lágrimas, baixa-estima...
Perdi a vontade de tudo.
Não queria sair de casa, não queria falar com ninguém, não queria levantar da cama, não queria me arrumar, não queria abrir meus olhos e acordar viva.

Minha mãe não sabia mais o que fazer.
Já tínhamos feito vários tipos de reza.
Fomos em várias religiões diferentes.
Tentávamos atrair boas energias, mas parecia que elas corriam de nós.
Será que Deus existe mesmo?

Continua

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sábado, 19 de maio de 2012

Minha história - Parte 2


Emagrecer se tornou uma meta.
Perder peso não é difícil quando se come pouco.
Passei a comer menos e menos.
Sem café-da-manhã, minha mãe me obrigava a almoçar, e essa era a “refeição do dia”.
Água, muita água.
Dores de estômago.
Fome, MUITA FOME.

Assisti uma reportagem sobre a miséria e crianças morrendo de fome...
Neste dia eu chorei.
Chorei por não me aceitar, por não conseguir ser como eu sonhava, por não conseguir ser feliz.

Morrer era o melhor plano.
Pedi ajuda aos “guias” que eu tinha.
Eles riam, diziam que estava tudo bem. Eu tomava um “passe” e ia pra casa.
Acendia velas, rezava, tomava "banhos especiais" com flores para atrair boas energias (que os "guias" recomendavam)
Pedi ajuda a deuses de pedra, metal...
Pedi ajuda a natureza...

E ninguém me escutava.
Ninguém me entendia! Eu comecei a achar que estava ficando louca.
Meus pais já não sabiam o que fazer.
Minha mãe me via “secar” dia após dia.
Meu pai chegou em casa chorando por ter ido comprar um antidepressivo pra mim.

 Eu dormia...
Dormia quase todas as horas do dia.
Acordava de mau humor pra ir ao colégio.
Chegava em casa, brigava com minha mãe por me obrigar a almoçar e depois dormia de novo.
Acredito que tudo o que eu queria era poder acordar e achar que todo pesadelo tinha acabado.
Mas na verdade, acordar era o pior pesadelo.

Eu me sentia pesada, sempre tinha a impressão que alguém estava me seguindo na rua, dor de cabeça que não passava.
E os meus pais? E a educação que eles me deram? E o sufoco que eles passaram para que eu pudesse crescer como uma princesa?
Eu não queria morrer... Mas também não queria continuar vivendo.
Não vivendo daquela maneira.

Tudo começou quando eu tinha 12 anos.
Nessa época eu já estava com 13...
Tantas dúvidas, tantos medos, dor...


Continua...

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Minha história - Parte 1



Eu era tímida, minha voz era tão baixinha que quando eu conversava com os outros geralmente tinha que repetir as coisas que eu falava, sozinha, t
riste, triste,triste...
Em casa era o xodó da minha família, filha caçula, a atenção era minha. 
Fora de casa, eu não era ninguém.
Eu tinha vergonha de conversar com outros e isso feria o meu coração.
Eu queria ser "alegre" como as outras meninas pareciam ser, queria ter a liberdade de conversar do mesmo jeito que eu fazia quando estava em família.
Vendo os grupinhos na escola eu quis me enturmar com os “populares”.
Criei uma Camila que ninguém conhecia (nem eu).
Olhava aquelas meninas que chamavam atenção e tomei como “meta” ser como elas eram.

Mudei tudo.
Passei a falar como elas, me vestir como elas, me maquiar como elas e um dia... Ser uma delas.
Eu entrei para o grupinho.
No começo me senti realizada.
O colégio inteiro me conhecia...

Nossas reuniõezinhas sempre eram fúteis...
 Reclamar da vida (até hoje não entendo o motivo que leva os adolescentes a reclamarem da vida que se resume em: ir pra escola), falar sobre os garotos e fazer piada com as outras pessoas.
Eu também agüentei muitas piadinhas... Mas ficava calada, queria ser aceita.
Queria continuar naquele mundinho e fingir que problemas não existiam.

Por participar desses julgamentos da beleza alheia comecei a me sentir mal...
Perto das outras meninas eu nunca deixava isso aparecer, sempre impecável e aparentemente feliz.
Comecei a ver defeitos em mim.
Meu cabelo nunca está bom, feia, gorda...
Os complexos tomaram conta de mim.
Toda aquela timidez que me sufocava veio à tona novamente.
Mas dessa vez eu tinha que ser mais forte para que os outros não percebessem.

Eu queria estar dentro dos padrões exigidos pela moda.
Ser bonita, ser magra...
E o resto? Ah isso não me importava!


Continua...
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sábado, 12 de maio de 2012

Coração contaminado




-Não concordo.
-Não preciso da ajuda de ninguém.
-Eu tenho livre-arbítrio então faço o que eu quiser.

O problema de muitas pessoas é que elas confundem sinceridade com orgulho.
Existe uma grande diferença entre as duas coisas.

Segundo o dicionário Priberam:orgulho s. m. 1. Manifestação do alto apreço ou conceito em que alguém se tem.
 2. Soberba ridícula.

Ser orgulhoso é se achar auto-suficiente.
*Achar que não precisa de Deus;
*Saber que precisa de ajuda e negar;
* Achar que sabe tudo e não precisa aprender mais;

Esses pensamentos são plantados pelo diabo para enganar as pessoas.
E todos eles caem por terra quando pensamos sobre o Nascer de Deus.
Deus quer que sejamos Novas Criaturas não é verdade?!
Aprendendo e seguindo em nova vida até a volta Dele, independente do conhecimento bíblico que você tenha ou tempo de igreja.

sinceridade s. F.
1. Qualidade de sincero.
2. Misto de franqueza e verdade.


Sinceridade pra reconhecer o próprio erro.
Humildade pra voltas atrás e recomeçar.
Sinceridade pra reconhecer que precisa de ajuda.
Essa é a qualidade que Deus ama.

"Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele" (Lc 18:17).

As crianças escutam a vós dos pais, crianças obedecem (na maioria das vezes), crianças são repreendidas quando fazem algo errado e logo depois perdoam.
Elas tem o coração limpo.
Estão muito ocupadas aprendendo e descobrindo coisas a todo momento; elas não tem tempo pra guardar ressentimentos.


Não digo que você tem que aceitar tudo o que as pessoas falam e fazem ou sair acreditando e fazendo o que as pessoas dizem por aí.
Mas devemos ser como crianças para dar ouvidos às coisas de Deus, atender Seu chamado para nossas vidas, fazer o que Ele nos pedir de coração aberto sem reclamar e seguir seus passos.




Camila Vilela
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Aaaah! O amor!


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